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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sobre Shakespeare, Sthefany Meyer e Afins.



           Vamos lá que hoje tenho roupas pra lavar com a sociedade.

Pra quem não sabe sou uma leitora compulsiva, daquelas que precisa de um sério tratamento e que gasta pelo menos cem reais por mês em livro, e não gente não sou rica hahaha, no momento estou no.. quadragésimo oitavo livro do ano, só consigo contar pelo controle que tenho no Skoob, quem tiver depois da uma solicitação de amizade gostosa lá ;).. mas enfim, curto a pagina do site no facebook e vira e mexe tem os leitores felizes e saltitantes querendo exibir suas coleções, e ai a coisa complica, por que metade critica praticamente todas as coleções por só possuírem "livros de menininha boba", de leitura fácil e leve, e a outra metade critica sempre que não tem algo como Harry Potter e que "nossa como assim não tem Crônicas de Nárnia", honestamente na minha humilde opinião ambos os lados mereciam um bitch slap muito bem dado pra virar gente.
Começando pelos últimos, os eternos jovens que ainda esperam a cartinha de Hogwarts (eu), mas que não se conformam que outras pessoas não tentem entrar pelo guarda roupa da vovó pra tentar chegar a Nárnia, bom, como todo mundo sabe, um dia um gênio percebeu que a gente tinha uma coisinha chamada livre arbítrio, e que com essa coisinha a gente podia fazer o que quisesse, até virem uns babacas e imporem a regra que a gente só podia fazer o que quisesse até quando não atrapalhasse a liberdade de outros seres portadores de livre arbítrio, mas isso é conversa pra outro dia, uma vez descoberto esse tal de livre arbítrio a pessoa tem direito sim de achar Harry Potter uma coisa trivial e que não vale a pena ser lido, existem pessoas que foram feitas pra ler coisas mais maduras, mais sérias, e que um menino bruxo estudando num castelo mágico em Londres é forçar um pouquinho a barra, respeito galera, eles também são gente.
E ai tem essa galera "séria", "culta" que não aceita gente que só lê coisas de fácil compreensão, realmente, quando a gente vê uma coleção que só tem coisas como Crepúsculo, outros livrinhos sobre vampiros ainda mais estranhos, e romances sobrenaturais, e romances entre princesas e ... ok ok rola um preconceito, você pensa, podia ter um Tolkien ai no meio né filhote.. Não ia matar, mas vamos pensar, do mesmo jeito que existem pessoas que acham Harry Potter risível, existem pessoas que olham para um livro do Dostoievski e realmente pensam que o bendito não sofreu tradução nenhuma para o português, que cada página se torna uma luta pra se manter acordado, e por que não? Quem já leu alguns clássicos sabe que a linguagem é mais requintada, o estilo mais seco, e qual utopia que os fofos esperam que meninas de 14 anos leiam essas coisas? Tudo bem, eu lia Sartre com 15 anos, mas eu sou uma exceção, lembra galera, 48 livros so far, não me levem a sério, eu penso que livros bobos são melhores do que livro nenhum, que é melhor um prazer em uma leitura fácil do que um fascínio por uma tela plana que não vai te acrescentar nada, então vai lá, lê crepúsculo, fica louca com a história, sonha com os personagens, se torna a história, mas lê, eu comecei lendo Harry Potter, hoje leio de tudo, inclusive leituras fáceis que eu frequentemente morro de preconceito antes de ler, Hunger Games define,  leio filosofia, leio as viagens doidas do Titio Martin (seu viado, ainda me paga pelo final de Dança dos Dragões), eu gosto de ler, me faz bem, e acho que até quando fizer bem para outras pessoas, independente do tipo do livro, é completamente válido, como disse titio Martin "Um leitor vive mil vidas antes de morrer, o homem que nunca lê vive apenas uma.”.
O que importa é viver outras vidas, se sentir em outras peles e se sentir bem com isso, não importa como, nem com o que... (:

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