Sobre Shakespeare, Sthefany Meyer e Afins.
Vamos lá que hoje tenho roupas pra lavar com a sociedade.
Pra quem não sabe sou uma leitora compulsiva, daquelas que
precisa de um sério tratamento e que gasta pelo menos cem reais por mês em
livro, e não gente não sou rica hahaha, no momento estou no.. quadragésimo
oitavo livro do ano, só consigo contar pelo controle que tenho no Skoob, quem
tiver depois da uma solicitação de amizade gostosa lá ;).. mas enfim, curto a
pagina do site no facebook e vira e mexe tem os leitores felizes e saltitantes
querendo exibir suas coleções, e ai a coisa complica, por que metade critica
praticamente todas as coleções por só possuírem "livros de menininha
boba", de leitura fácil e leve, e a outra metade critica sempre que não
tem algo como Harry Potter e que "nossa como assim não tem Crônicas de
Nárnia", honestamente na minha humilde opinião ambos os lados mereciam um
bitch slap muito bem dado pra virar gente.
Começando pelos últimos, os eternos jovens que ainda esperam
a cartinha de Hogwarts (eu), mas que não se conformam que outras pessoas não
tentem entrar pelo guarda roupa da vovó pra tentar chegar a Nárnia, bom, como
todo mundo sabe, um dia um gênio percebeu que a gente tinha uma coisinha
chamada livre arbítrio, e que com essa coisinha a gente podia fazer o que
quisesse, até virem uns babacas e imporem a regra que a gente só podia fazer o
que quisesse até quando não atrapalhasse a liberdade de outros seres portadores
de livre arbítrio, mas isso é conversa pra outro dia, uma vez descoberto esse
tal de livre arbítrio a pessoa tem direito sim de achar Harry Potter uma coisa
trivial e que não vale a pena ser lido, existem pessoas que foram feitas pra
ler coisas mais maduras, mais sérias, e que um menino bruxo estudando num
castelo mágico em Londres é forçar um pouquinho a barra, respeito galera, eles
também são gente.
E ai tem essa galera "séria", "culta"
que não aceita gente que só lê coisas de fácil compreensão, realmente, quando a
gente vê uma coleção que só tem coisas como Crepúsculo, outros livrinhos sobre
vampiros ainda mais estranhos, e romances sobrenaturais, e romances entre
princesas e ... ok ok rola um preconceito, você pensa, podia ter um Tolkien ai
no meio né filhote.. Não ia matar, mas vamos pensar, do mesmo jeito que existem
pessoas que acham Harry Potter risível, existem pessoas que olham para um livro
do Dostoievski e
realmente pensam que o bendito não sofreu tradução nenhuma para o português,
que cada página se torna uma luta pra se manter acordado, e por que não? Quem
já leu alguns clássicos sabe que a linguagem é mais requintada, o estilo mais
seco, e qual utopia que os fofos esperam que meninas de 14 anos leiam essas
coisas? Tudo bem, eu lia Sartre com 15 anos, mas eu sou uma exceção, lembra
galera, 48 livros so far, não me levem a sério, eu penso que livros bobos são
melhores do que livro nenhum, que é melhor um prazer em uma leitura fácil do
que um fascínio por uma tela plana que não vai te acrescentar nada, então vai
lá, lê crepúsculo, fica louca com a história, sonha com os personagens, se
torna a história, mas lê, eu comecei lendo Harry Potter, hoje leio de tudo,
inclusive leituras fáceis que eu frequentemente morro de preconceito antes de
ler, Hunger Games define, leio
filosofia, leio as viagens doidas do Titio Martin (seu viado, ainda me paga
pelo final de Dança dos Dragões), eu gosto de ler, me faz bem, e acho que até
quando fizer bem para outras pessoas, independente do tipo do livro, é completamente
válido, como disse titio Martin "Um leitor vive mil vidas antes de morrer,
o homem que nunca lê vive apenas uma.”.
O que importa é viver outras vidas, se sentir em outras
peles e se sentir bem com isso, não importa como, nem com o que... (:
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